domingo, 10 de agosto de 2014

72 - Pai




Hoje, dia 10/08/2014, dia dos pais.
Ainda tenho o meu pai!
Mais um ano pudemos nos reunir e comemorar.
Um privilégio de poucos ter o seu pai com 85 anos.
E fico imaginando no que ele pode estar pensando. Como está o seu coração. Como avalia a sua passagem pela vida.
O que foi bom ou não. O que gostaria de fazer novamente e o que deixaria de fazer. Ou o que ainda deseja alcançar.
Uma vida de boas e más escolhas, que trouxe bons e maus momentos.
Uma vida de lutas e vitórias.
Eu fico pensando em como eu poderia ter sido uma filha melhor.  E como eu ainda  poderia fazer os seus dias melhores.
Que eu poderia ter pensado mais nele, e não ter permitido que seus dias fossem tão solitários.
Eu poderia ter organizado melhor meus  compromissos seculares que me  levaram para tão distante, ainda que vivendo tão perto.
Estar com um pai comemorando datas não pode satisfazer o nosso coração. Porque isso não preenche a necessidade deles.
Cuidar deles fisicamente e em tudo que precisam não supre suas expectativas de um pai.
Somente a presença, o carinho, a palavra de cuidado provam que ele foi importante na nossa vida.
Só assim eles vão poder ter seus dias felizes sabendo que valeu a pena lutar. 
Permanecer unidos é a prova de que as lutas não foram maiores que o amor.
Se não houver o cuidado, a atenção, as comemorações se tornam como aniversários de crianças de um ano; todos festejam,  mas a criança não está entendendo nada e muito menos participando.
Muito tempo passou que eu não vou poder recuperar, mas ele ainda está aqui!
Deus me dá sabedoria para fazer cada dia da vida dele mais feliz.
Ajuda cada um que ainda tem seus pais a se perdoar pelo que não foi feito, e tomar uma atitude de amor verdadeiro. Amor que honra.
E para aqueles que não podem mais mudar a história por não tê-los mais, abraça-os como Pai misericordioso que É, e capacita-os a ajudar outros a honrarem seus pais.
Elza Garcia



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